Investimento Imobiliário Comercial aumenta em 2022
Poderá ser alcançado um novo recorde de investimento em 2022 superando os 3.000 milhões de euros.
O investimento imobiliário comercial continua a bom ritmo em Portugal, mostrando a resiliência do setor. No período de janeiro a março de 2022, este investimento fixou-se em 380 milhões de euros, quase o dobro do valor registado no primeiro trimestre de 2021, segundo os dados divulgados pela consultora CBRE.
Estes dados demonstram que esta tipologia de investimento imobiliário quase dobrou em relação ao mesmo período do ano passado. Os valores registaram o alcance dos 380 milhões de euros no primeiro trimestre do ano 2022. Dentro deste tipo de investimento as classes de ativos com maior volume são a logística e os escritórios. Entre janeiro e março, no caso da logística, somaram-se seis transações concluídas.
Depois de se ter assistido a um arranque do ano animador, as expectivas para o investimento imobiliário comercial arrecadado no final de 2022 estão também em alta: “A CBRE antecipa um forte volume de investimento ao longo do ano e prevê que o volume de negócios ultrapasse a referência dos três mil milhões de euros que se verificava antes da pandemia, podendo mesmo ser alcançado um novo recorde em 2022“, lê-se no documento.
É esperado crescimento da renda nos escritório e retalho alimentar
No primeiro trimestre, a procura por ativos logísticos continuou a exercer pressão sobre as ‘prime yields’, que recuaram 25 pontos base em relação ao trimestre anterior, em Lisboa e no Porto.
Antecipa-se um efeito de compressão, nomeadamente em logística, determinadas zonas de escritórios e retalho alimentar, suportada num expectável crescimento da renda decorrente de uma procura, em alguns casos, ainda superior à oferta disponível, que deverá ser monitorizado com atenção, pois existem vários fatores de risco relevantes no horizonte.
Apesar da subida das taxas de juro, existe uma “elevada liquidez” para investir no imobiliário. Não obstante, pode-se ver o adiamento de algumas operações de ‘forward funding’ e ‘forward purchase’ devido à incerteza relacionada com o aumento dos custos de construção.
Fonte: Idealista